domingo, 23 de maio de 2010

Origem

Simpatia é pouco, mas amor é exarcebo
Sua voz é eufonia que acalma meu medo
Aturadouro ou não, vale a pena o risco
É como o aprisco que me revela o enredo

Sua circunspensão tão firme e forte
Me parece ardil, me parece porte
Me provoca dúvidas, me dá convicção
O que é a vida senão uma tentação?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Funesta Aparência

Criatividade não basta para eu imaginar
O futuro perpétuo ao qual quero me entregar
Derradeiros sinais de rebento apego
Deixam-me à margem de um desespero.
Quem dera eu poder fugir do medo...

Se eu corro ou permaneço, não sei.
Quão grande espectro de vida me tornei!
E essa maldita emoção que toma conta de mim
Em poucos dias irá me consumir.
Quem dera eu poder fugir do medo...

Eu procuro explicações mas não acho o porquê
De sempre se querer o que não se pode ter
Talvez um dia, quem sabe, alcançarei
A felicidade que incessantemente almejei.
Quem dera eu poder fugir do medo...

Tempos vastos passarão, hão de passar
Então, enfim, poderei a todos falar
Que dificuldades a vida inteira passei
Mas nunca, nunca me acovardei.
Finalmente – eu – fugi do medo.

sábado, 15 de maio de 2010

Fiz um twitter para postar uns versinhos. Minha presença lá será mais constante do que aqui, portanto, sigam! www.twitter.com/entendase

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eufemístico

Sua propensão subentendida, com morais alcançadas
Seus devaneios escondidos, suas estradas trilhadas.
Talvez eu não concorde, mas simplesmente entendo
Sua concepção obscura do que quer não querendo.

Não compreendo o porquê de permanecer no erro
Se já percebeu que isso não o tirará do lugar.
Minhas poucas tentativas de lhe trazer pra perto
O meu eu mefistofélico tenta não imitar.

Erga seu ego, parando de sofrer pelo que não condiz.
O pedaço de sentimento que por você em mim brotou
Mesmo com tudo que vi e ouvi, eu não desfiz.

O tempo não é o problema, o problema é a incerteza
É saber que para o amor eu não tenho tanta destreza
E que mesmo a esperança no fim vai se acabar.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­Necessidade ­

­ ­ ­Eu preciso de paciência, de afeto, de carinho, de abraço, de beijo, de sorriso, de compreensão, de colo, de amor, de conforto, de presença, de confiança.
­ ­ ­Eu preciso de tantas coisas que a subjetividade e o egocentrismo aos quais estou me propondo nessas linhas mau-escritas, não chegarão nem aos pés do que preciso explanar.
­ ­ ­Eu preciso de tão pouco que eu sei que o entendimento cessaria as lágrimas que por hora perduram em meu rosto.
­ ­ ­Eu preciso de saber até onde vai a minha ineficiência para que eu possa conseguir o que eu preciso mais do que todas as coisas citadas acima: você.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Lembranças de dias únicos com você são minha
Última esperança de
Conseguir passar dias e dias
Ao seu lado, porém longe.
Sinto como se nunca fosse passar esse
Sufoco que me assombra. Pudera eu
Ir ao seu encontro e dizer tudo que
Lembro quando ouço o teu nome.
Vem que o mundo é nosso, vem que
A vida te quer comigo...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Talvez eu não mereça
Mais queira como ninguém
Talvez eu não desmereça
E deseje como nenhum outro alguém.

sábado, 1 de maio de 2010

E o mundo é assim feito; que foi o fulgor satânico da beleza dessa mulher, a sua maior sedução. Na acerba veemência da alma revolta, pressentiam-se abismos de paixão; e entrevia-se que procelas de volúpia havia de ter o amor da virgem bacante.

Senhora - José de Alencar (Fragmento)